Jogando; perder é uma arte.

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Foto by Rose. O jogo vicia. A vitória conduz para o amolecimento da alma, para o vício. É na derrota que aprendemos as complicadas cognições que nos conduzem durante o magnífico jogo da vida. // Alex.//

Caros leitores,
Segurei pelo rabo. Se por isso, aquilo, inguiço ou feitiço eu não fosse para a reunião da câmara setorial do cacau, babau, já era!. O cacauicultor perderia todo seu patrimônio; perderia a chance de ouro de quitar as dívidas; perderia a chance única de financiar a modernização da fazenda. Seria mais uma vez enganado, espoliado. Avisos, não me faltaram, os sempre vigilantes “meninos” da Curadoria me avisaram do perigo próximo, porém, jamais imaginei que a coisa acontecesse como aconteceu; foi medonho. Tudo aconteceria como sempre aconteceu nos últimos 30 anos; a diferença, é que agora tinha um cacauicultor no jogo, sentado, jogando o pior jogo que há, o miserável jogo da vida!. E olhando, vendo, cheirando, sentindo o impressionante ambiente (muito bem projetado no sentido de desviar a atenção do intelecto) lembrei, de um trecho do livro ‘Revolução e Contra-revolução’ escrito pelo intelectual católico, fundador da Sociedade Brasileira em Defesa a Tradição, Família e Propriedade, Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, que diz: “O êxito dos êxitos alcançado pelo comunismo pós-stalinismo sorridente foi o silêncio enigmático, desconcertante, espantoso e apocalipticamente trágico do concílio vaticano II […] Seu silêncio sobre o comunismo deixou aos lobos toda a liberdade”. Senti minh’alma acolhida e serena; era a vida! A dona vida acontecia e…
_ Crupiê, cartas, por favor!!
É um mundo surreal, completamente surreal. Existe exceções, claro, todavia, quem está ditando a política agrícola para a cacauicultura não entende nada, nadica de nada! De cacau. Imagine a surrealidade de se falar em qualidade de cacau, produzir um estudo dito amplo sobre qualidade de cacau, conversar até mesmo em línguas desconhecidas –quando nada para mim- de tanto saber e, desconhecer que diabo (esse diabo é do inferno de fora) seja um cacau “blend Bahia”. Bem, eu estava com um sapato novo, apto a voltar para casa andando então, apostei minha passagem de volta –era o que eu tinha- no “blend Bahia”; medonhice, surrealidade, desconforto na mesa de jogo, além do desconhecimento também não existia o “blend Bahia” no contexto proposto do estudo apresentado. Caros, o tamanho do mercado do cacau de qualidade –dito fino- é de 3.000 toneladas/ano e o significado disso é que você está fora desse mercado; simpleszinho assim. Fala-se usando a totalidade dos cacauicultores para beneficiar só um grupo que produz essas 3.000 toneladas. É a política macro-agrícola –envolve crédito, infra estrutura, logística, legislação, marketing, etc…- sendo usada para beneficiar um grupo micro. Eu, você, alguém ou outrem, cacauicultores comuns, só fazendeiros, estamos fora!.
_ Apostei, quero vêr suas cartas.
Terror dos terrores aconteceu, peguei meu contendor jogando sem cartas. Quem conhece as leis que regem uma mesa de jogo, sabe da gravidade da situação. Eu estava na boa maré, deixei o prêmio de minha aposta para lá; olhei pelo lado bom, não voltaria para casa andando. Já pensou? De Brasília até a Bahia, na paleta, ademais garanti para o IPC um assento no grupo de trabalho que discute sobre cacau de qualidade e, o IPC participando, nobre leitor, é garantia de que você saberá e participará de tudo. Minha posição pessoal é o “blend Bahia”; abrange quantos cacauicultores queiram produzir essa iguaria, então, participem, contribuam com o IPC, mandem suas sugestões, digam suas vontades, só assim o IPC poderá botar os cacauicultores que produzem as outras tantas mil toneladas –a maioria do cacau- no contexto da política agrícola. Eis a questão e essa é a brincadeira: ou joga-se ou perde-se por W.O. logo, jogo manso não tem; vale tudo. Como eu sei disso? Pelo contado e pelo que contarei.
Quando a exposição e palestra sobre a “Proposta de reformulação institucional para o centro de excelência para políticas da lavoura cacaueira – CEPLAC” começou, achei que tinha nome bonito demais, pomposo demais, irreal demais e percebi imediatamente, o motivo da inquietação dos meus “meninos” da Curadoria, meu feeling pegou rápido. Como pode?! Onde estamos?! O orgulho, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula, a preguiça tomaram conta do ambiente; um cheiro terrível de enxofre chegou pelos dutos do ar-condicionado e, lentamente vi a medonha transformação na palestrante; seu cabelo foi lentamente encurtando, fez uma franja; o nariz ficou adunco com uma verruga na ponta; o corpo encarquilhou-se; a calça virou saia e… sim!!!! Era Madame Mim, em pessoa, –nunca imaginei que a conheceria- a invejosa bruxa apaixonada por Tio Patinhas… a caixa forte! Também estava ali, pendurada na parede, era o telão onde…
_ Crupiê, cartas, por favor.
_ Senhor, o cacife é alto. A CEPLAC deve ter contratado essa jogadora por uma fortuna. A banca não tem nada com o fato dela fazer a exposição e, por coincidência ou não, o projeto ser igual ao projeto da Curadoria, mudando somente a destinação do dinheiro. Tenho de zelar pela banca, a vida é um jogo.
_ Ofereço meu direito de liberdade.
_ Aceito.
Foi surreal assistir a cena. Madame Mim falava com tal impostação de voz sobre o levantamento dos bens da CEPLAC na S.P.U. (Secretaria do Patrimônio da União); sobre certidões de inteiro teor; sobre o prédio de onze andares da CEPLAC em Brasília -está alugado!-; sobre os imóveis que foram doados pelos cacauicultores para o uso da CEPLAC; sobre – a cereja do bolo- a pesquisa do nível de aceitação que os cacauicultores tem pela CEPLAC e, finalmente, sobre a destinação do dinheiro da venda de todo o patrimônio possível de ser vendido. É isso mesmo, adivinhou; todo o dinheiro vai para a pesquisa (pesquisas aleatórias), na CEPLAC e, para um fundo que financiará mais pesquisas. Quais?! Ora, pesquisa em Paris, pesquisa em Londres, pesquisa em Tóquio, pesquisa nos cassinos de Las Vegas, pesquisa nos magníficos shows em Mônaco etc. Quanto a você, cacauicultor, vai amolar uma boa enxada para passar o tempo enquanto espera o próximo sabido para te enrolar. Esse seria o fim, quando os cacauicultores soubessem, era tarde, não tinha mais patrimônio nenhum. É surreal, mas aconteceu. O projeto da Curadoria é tão bom que foi, não sei, o que vocês me sugerem dizer? Qual o nome que se dá a isso? Pessoas que usam a ideia alheia são dignas? Ideias são protegidas pela legislação do direito autoral, a CEPLAC sabe disso, entretanto, acobertou essa indignidade, pode!!??
Terminada a exposição feita por Madame Mim e franqueada a palavra, fiz uso; a casa caiu: esse projeto existe, é meu, está publicado na lista do cacau e chama-se Curadoria do Patrimônio do Cacauicultor. A lista dos bens constantes no S.P.U. e certidões de inteiro teor estão publicados, assim como todo o funcionamento ordinário da Curadoria e a destinação dos recursos oriundos da monetarização dos bens da CEPLAC, que primeiramente liquidarão as dívidas dos cacauicultores. Aqui, faço um aparte: o problema não é a ideia. Eu ofereci dar o projeto da Curadoria à FAEB –que não quis- isso também está publicado, o problema é a forma como a coisa foi feita, sorrateira, no escuro, para esconder o destino do dinheiro. A Curadoria do Patrimônio do Cacauicultor é aberta e transparente, não tem nada a temer.
Após a casa cair, deliberou-se pela criação de um grupo de trabalho, do tipo, comitê de intervenção para, guardar, avaliar, zelar, dar forma e modo ao patrimônio da CEPLAC. Peguei para o IPC a presidência desse grupo de trabalho; não tenho apego ao cargo e desde já, tendo interessados, passo adiante.
_ Senhor, onde deposito o prêmio de sua aposta?
_ Minha cara –e cara!- Vida, deixo em sua mão. Me pague em prestações na forma de liberdade; de poder divulgar todos os atos da Curadoria; de nunca ser censurado.
A Curadoria passou por um teste fortíssimo, sua prova de fogo. A viabilidade da Curadoria é tão certa quanto 2 +2 são 4; nunca duvidei. Cabe ao cacauicultor escolher, é pegar ou largar. Todo cacauicultor pode ajudar, ajudando o Instituto Pensar cacau, o nosso IPC.
Quanto a minha pessoa, estou seguro, firme no timão do fantasmagórico galeão Nuestra Senõra de Atocha, navegando a todo pano e com os porões abarrotados de tesouros. Vejo um enorme furacão aproximar-se, porém, o porta-aviões USS Gerald Ford me escolta. Se a vontade do cacauicultor for pela Curadoria o porta-aviões içara o galeão; após a tempestade navegaremos no mar calmo. Se a vontade do Cacauicultor não for pela Curadoria, vou sozinho para a segurança da navegação no porta-aviões; o galeão com todos os tesouros no porão, tragado pelo furacão, afundará. (O galeão Nuestra Senõra de Atocha afundou no golfo do México, próximo da Flórida, em setembro de 1622. Levava mais de 40 toneladas de ouro e prata. A história desse galeão, de suas viagens e de seu naufrágio é documentada; isso permitiu o resgate de seu tesouro quase 400 anos após o naufrágio. É uma história fantástica).
Saudações,
Coronel Xela.

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