“O Trabalho do corpo produz fartura, o fruto do trabalho da alma é a arte; é quando não me basta só plantar preciso de um jardim. Como definir o belo usando palavras? Eis o alimento da alma. Eis o desafio ao escritor.”
Alex Terra
Escritor
Alex Terra
Sou brasileiro, católico, fazendeiro e gosto de contar casos. A fantasia, o sonho, a realidade, a abstração, tudo! mistura-se na criação do texto. Não sou eu; tão só é como eu enxerguei este ou aquele momento, portanto, não tente me procurar neste blog, você pode se perder.
Preste atenção no cacaueiro!
Foto by Rose. Os tesouros deixados pela riqueza da cacuicultura estão em toda parte, está na rua! É impossível andar em qualquer cidade onde a civilização do cacau existiu, e não deparar com obras que automaticamente leva ao pensamento: aqui morou um Coronel; ou isso só pode ser obra de um Coronel. Este prédio na avenida cinquentenário, em Itabuna, é moderno até hoje; imagine o assombro que foi na época de sua inauguração. Agora pare para pensar no tesouro que pode estar guardado em sua fazenda. Já pensou! A honrada CEPLAC de antigamente distribuiu muitos cacaueiros espécies e híbridos; muitos mesmo. Assim como as plantas resistentes a vassoura-de-bruxa foram achadas pelos cacauicultores, o que, então, pode estar guardado em alguma fazenda? E pode ser em sua fazenda! São tesouros inesgotáveis. /Coronel Xela./
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Boteco, além de muito, é vida.
Foto by Rose. Estamos vivendo um tempo tão estranho, mas tão estranho que até a boêmia está padecendo. Restou as catacumbas, como os antigos cristãos, para os verdadeiros boêmios exercerem seu peculiar estilo de vida; e que vida! A falta de esmero na cozinha, no servir, no tratar e também arte nas paredes. Hoje os bares viraram ambientes medonhos; quando muito usam luminárias horríveis, umas plantinhas, um carrinho de mão num canto e dão por ambiente decorado; tudo feio! Servem macarronada com molho de caixinha aquecida no micro-ondas. Barmans que não fazem um drink simples, como o Cuba libre, que preste; ou a Coca-Cola está sem gás ou tem limão de menos. Tudo isso agride o espírito boêmio; boêmia que criou clássicos do samba como o impagável Naquela Mesa. //Xela./
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Cacau com deságio; uma vergonha!
Foto by Rose. Os cacauicultores estão incomodados, apreensivos com esta nova situação, há um forte deságio no preço do cacau; situação difícil! A quem recorrer? As lideranças estão desarticuladas e sem capacidade financeira para arcar com os elevados custos, da representação política. A FAEB joga contra o cacauicultor, é fato. A indústria está jogando sozinha, com isso perdeu a vergonha, afiou as garras, partiu para o maravilhoso e rico mundo da imoralidade; neste mundo tudo pode. Pode mentir, trapacear, prometer uma coisa e fazer outra, até mesmo acusar o cacauicultor de algo que ele não faz, mas que a indústria faz, pois com o deságio, termina por incentivar a precariedade no trabalho. Até quando tudo isso vai perdurar? Ou será que não tem quando? /Coronel Xela./
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Sim! A CEPLAC morreu.
Foto by Rose. Montagem de fotos a partir do painel esculpido no antigo supermercado Messias (a cor original dos anos 1980 era cimento natural). Recentemente fui à Itabuna para comprar um relógio Vachron Constantin; o amigo especialista no assunto que levei para constatar a autenticidade, contou-me que a região é conhecida pela quantidade de boas relíquias relojoeiras que ainda tem, e isso passado mais de 35 anos do crime da vassoura-de-bruxa! É uma prova de como a civilização do cacau gostava de consumir arte; ter coisas boas; usar objetos úteis. Com isso também atrair charlatões; nada mais normal charlatões estão em toda parte. Contemporaneamente o cacauicultor precisa dar atenção ao acelerado desmonte da pesquisa da CEPLAC; o momento é delicado e arriscado. /Alex./
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Marcas deixadas, cortes sangrando.
Foto by Rose. Passear no distrito industrial de Ilhéus é conhecer uma praça de guerra; devia inclusive constar no catálogo das agências de turismo. É possível vêr a brutal batalha travada entre o bem e o mal; vêr quanto precisou ser destruído para acabar com a civilização do cacau; vêr o quanto foi perdido não só nas fazendas; e vêr o cenário onde começou a disseminação da praga que gera, do nada, mulas-sem-cabeça. Piorando tudo, é possível a qualquer um, constatar que a guerra não acabou, a indústria moageira não tem nenhum cuidado com a sacaria usada. Pra todo lado tem sacos jogados, tanto no lixo como em depósitos abertos sem proteção. Sacaria usada deveria ser tratada como vetor infectante. É uma bomba prestes a explodir. // Alex.//
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