Caros leitores,
O chiquérrimo restaurante “O’Naturel”, em Paris, fechou as portas; a falta de clientes foi o motivo. É um contra senso, era frequentado pelo jet set internacional, meio onde o único problema que não existe é o dinheiro. Sua particularidade era ser destinado aos nudistas, isso mesmo! Todos podiam comer e beber, nus. Já pensou encontrar Gisele tomando vinho lá… É um sonho.
Não sei, nunca fui, mas, provavelmente no “O’Naturel” servia na sobremesa um petit gateau feito com chocolate orgânico e, olha a tragédia anunciada, o atrasado chocolate orgânico –claro que não daria certo, era caro- não foi adiante. Pobre Gisele; no seu absurdo mundo faltar chocolate orgânico é uma tragédia, bilhões de pessoas podem morrer. Recusar um pedido de Gisele é quase impossível; linda, num restaurante descoladíssimo, bebendo vinho e delicadamente dizer: “Preciso de uma barrinha de chocolate orgânico” Morreu bucha de sena! Fim de jogo. Independente de julgamentos, livre, qualquer pessoa, vivendo numa sociedade em que o ordinário prevalece, pode sim, desejar tudo e fazer tudo. Cabe ao governo escolhido pela maioria, julgar. Eis o cerne do carão da ministra da agricultura Tereza Cristina, na bela e excêntrica Gisele Bündchen.
Bailar com uma Gisele é perigoso, nunca se sabe pode ser uma vampira. A boa doutrina ensina a evitar as tentações, o melhor é antes de aceitar a dança perguntar qual o passo ou, ter uma grande alma, como no filme –que bela cena!- ‘Perfume de Mulher’: o personagem cego de Al Pacino, conduz sua parceira com leveza e graça numa cena clássica do cinema. O diabo é que o diabo existe e só um doido acha que não, antonce, não esperemos só o gostoso de sonhar com uma Gisele, o atraso de vida de um Chico Mendes é um pesadelo dos infernos de dentro.
E é? É. Coisa chata é quando encaramos a vida nos achando importantes e a vida olha de volta nos achando pequenos; trenzinho sem graça. Achamos que vamos guerrear com dragões, matar leões todos os dias, fazer discursos memoráveis, declamar poesias perfeitas; e receber tudo de volta, do bom, do melhor, em quantidade superior. Qual nada! Quem olha são as Giseles que tudo querem nada fazem e contam com o organizado exército da doutrina Chico Mendes, para lhes proteger, aplaudir, fotografar, publicar, etc… Qualquer pisada fora desse terreno movediço, à cobrança será cruel. Dá medo. Com esse medo vivem os líderes da cacauicultura, que arrotam para os cacauicultores o bafo do que não comeram, deliciam-se com uma vida que não é deles, enganam com discursos sobre matanças de dragões e contentam-se com uma vez ou outra bailar com uma vampira Gisele, desfrutando de seu mortal beijo; não importa; o sangue oferecido é o sangue dos cacauicultores. Nessa ciranda jamais algo de proveitoso chegará à porteira da fazenda; venderam a alma; são devedores, dão o que pertence ao cacauicultor. É um círculo, não há como sair; quem entra não sai. São interesseiros, profissionais corporativistas descompromissados com os fazendeiros, aliás, tratam os fazendeiros com escárnio.
Sempre que faltam homens a providência divina manda uma guerreira, neste caso, a ministra Tereza Cristina; faltou coragem aos homens para enfrentar as Giseles. A cacauicultura não pode continuar ‘garroteada’, precisa de crédito com juros não extorsivos, seguro, segurança jurídica e física, pesquisa, entre outras medidas. E aos que tanto falam e até tentaram mudar o nome da CEPLAC, transformando-a em um órgão mais ligado a preservação ambiental, lembro, que o imposto ambiental, como todo imposto, atinge com mais intensidade os mais pobres; tudo que fica um pouco mais caro para os ricos, custa o dobro para as mais pobres!! Que diga o povo francês! Os protestos dos coletes amarelos é contra um abusivo aumento de impostos, imposto pela agenda ambientalista. Aqui no Brasil, esses impostos aparecem na forma de um quilo de feijão custar oito reais; ou da produtividade da cacauicultura há trinta anos declinar. Tudo contrário ao bom senso.
Não tendo senso, o que há? Não sei. É uma boa pergunta que o cacauicultor deve fazer para os partidários da indecente proposta de reformulação da CEPLAC e do indecoroso modelo do FUNGECAU. Por falar nisso, minha comadre Chunda, ficou chatiadíssima, com a proposta da assessoria internacional da CEPLAC! Sim, está lá no estatuto! E sem especificar quantas assessorias são (será uma festa). Pode!? Não pode. Caros, a indecência é tão grande, a falta de ética é tamanha, a cara de pau é tanta –vai faltar óleo de peroba-, a desfaçatez é tão horrível que chegam ao ponto de esconder, mudar palavras, usar pessoas…, é nojento… pessoas nojentas… tudo nojento. Que bailem sozinhos com as suas Giseles.
Fim.